O Governo alargou a nova carreira especial que será aprovada à Agência para a Coesão e ajustou algumas posições salariais. Fesap exige garantias a nível da manutenção de pontos e do suplemento remunenatório para chegar a acordo.
O Governo decidiu incluir a Agência para a Coesão na nova carreira especial que será aprovada esta segunda-feira em Conselho de Ministros e aumentou os salários que estavam previstos para a segunda posição remuneratória e para a última, segundo explicou aos jornalistas José Abraão, da Fesap, no final de uma reunião no Ministério das Finanças.
Contudo, a transição para a nova carreira especial continua a implicar a perda de pontos na avaliação de desempenho e o suplemento continua a poder variar entre 10% e 25%, não estando garantido um montante além dos 10% quando os serviços não cumprem objetivos. A Fesap pede a correção destes aspetos para chegar a acordo, embora aceite que o valor mínimo se fique pelos 15%.
A nova carreira de técnico superior especialista em coordenação transversal de administração pública e políticas públicas, recorde-se, começou por ser justificada devido à fusão de organismos que vão resultar na criação da nova autoridade da administração pública, que inicialmente absorvia os funcionários da DGAEP, dos Serviços Socials e do INA mas num segundo momento passou a incluir também os funcionários das secretarias-gerais do Governo e do PlanAPP.
Agora, no dia da aprovação do diploma, e na véspera da votação da moção de confiança em Conselho de Ministros, o Governo decide que também transitam para esta carreira especial os técnicos superiores da Agência para a Coesão, segundo explicou aos jornalistas o secretário-geral da Fesap, José Abraão, que disse que a proposta de alargamento não partiu da estrutura da UGT.
A nova carreira inspira-se na estrutura da que já existia para os técnicos superiores das Finanças e do INE, e tal como nestas, passará a contar com uma subida na posição remuneratória tanto na segunda posição como na última, a de topo.
Assim, no caso da segunda posição, os funcionários destas três carreiras passam a receber 1.810,99 euros brutos (nível 23) em vez dos 1.758,36 euros (nível 22) que estavam previstos na proposta apresentada há uma semana. Mais 52,63 euros do que o que o Executivo propôs inicialmente.
Por outro lado, os que se encontrem ou que venham a alcançar a última posição passam dos 3.972,72 euros (nível 62) para os 4.029,25 euros (nível 63). Mais 56,53 euros.
Em reuniões anteriores, ficou já garantido que na transição para a carreira as pessoas terão um salto mínimo de 52 euros, mas os sindicatos dizem que com a perda de pontos (que para já se mantém) os técnicos superiores podem ficar a perder no próximo salto.
Outro dos pontos críticos para os sindicatos é o facto de o suplemento que era inicialmente de 25% ter ficado afinal entre os 10% os 25% pelo menos a partir de 2026. Este ano e no próximo o valor máximo estará garantido sendo pago com retroativos a abril.
O diploma será hoje aprovado em Conselho de Ministros, com o Governo ainda em plenos poderes, um dia antes da votação da moção de censura que deverá levar à queda do Governo.
“Acho que é sempre possível chegar a acordo se o Governo aceitar as nossas propostas”, disse, sublinhando que mesmo sem acordo não desvalorizam as iniciativas que “melhoram a vida” de muita gente.
“A nossa expectativa é que o próximo Governo, seja ele qual for, mantenha um ritmo de negociação compaginável com os problemas que existem na administração pública, que faça a abordagem aos problemas de todos e não apenas de alguns, para que não fique a ideia de que há filhos e enteados“, disse aos jornalistas.
Por:
Catarina Almeida Pereira catarinapereira@negocios.pt
10 de março de 2025 às 11:34
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |