Sindicatos dizem que na sexta-feira haverá nova reunião com o Governo onde será apresentada nova proposta, alinhada com o que for decidido na concertação social para o salário mínimo.
Raquel Martins -Publico.pt
4 de Outubro de 2023, 11:54
Depois de o primeiro-ministro ter admitido que o salário mínimo nacional poderia ir além dos 810 euros no próximo ano, o Governo prepara-se para rever a sua proposta de aumento da base remuneratória da função pública e deverá apresentar um novo valor aos sindicatos na próxima sexta-feira, quatro dias antes da apresentação do Orçamento do Estado (OE) para 2024.
A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) saiu da reunião desta quarta-feira com a ideia de que haverá uma nova proposta, alinhada com o que ficar decidido na Concertação Social em relação ao salário mínimo.
“O Governo comprometeu-se a apresentar uma nova proposta relativamente à base remuneratória da Administração Pública, o que, esperamos, terá impacto nas outras posições remuneratórias. Já nos tinham dito que haveria margem para ir mais longe”, destacou José Abraão, dirigente da Fesap, alertando que a proposta do Governo é “insuficiente para responder à inflação e ao aumento do custo de vida”.
A proposta inicial do Governo previa que, no próximo ano, os aumentos da função pública oscilassem entre 6,8%, para os salários mais baixos, e os 2%, no caso dos salários acima de 2649 euros, em linha com o que prevê o acordo assinado no ano passado.
A base remuneratória subiria 6,8% entre 2023 e 2024, passando de 769,20 euros para 821,83 euros mensais.
Tendo em conta que o salário mínimo devia subir para 810 euros no próximo ano, a diferença face à base remuneratória era de cerca de 12 euros. Se se quiser manter esta diferença e assumindo que o salário mínimo sobe para os 830 euros, como pede a UGT, então a base remuneratória da função pública teria de passar para 842 euros.
A expectativa da Fesap é que as mexidas na base tenham impacto nas posições remuneratórias seguintes para evitar a compressão da tabela salarial do Estado.
Também a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, espera que o Governo apresente uma nova proposta de actualização salarial para todos os trabalhadores da Administração Pública e não apenas para quem está na base da tabela e que agora ganha 769,20 euros brutos.
“Não pode haver compressão dos valores acima da base remuneratória, sob pena de estarmos a continuar a perder salário”, justificou, citada pela Lusa.
“Passámos em revista a contraproposta apresentada pelo Governo, sabemos que eventualmente, na próxima sexta-feira, a última reunião deste processo, haverá uma nova proposta”, afirmou a presidente do STE, acrescentando que está a ser feito “um compasso de espera entre aquilo que possa ser decidido noutros fóruns e aquilo que o Governo poderá acompanhar depois para a Administração Pública”.
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